Suicídio, Burnout e Setembro Amarelo: sua empresa está preparada?


O número anual de suicídios em todo o mundo ultrapassa a marca de 1 milhão de pessoas. A quantidade é assustadora e ratifica a necessidade de debater sobre depressão. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), nove entre dez suicídios poderiam ser prevenidos e evitados se houvesse o reconhecimento de alguns sinais e de pedidos de ajuda. Sendo assim, o assunto não pode ser tabu.

Desde 2015, o Setembro Amarelo alerta todo o mundo sobre o suicídio, encampada por diversas organizações e apoiada por instituições públicas e privadas – como Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

A discussão, aliás, não pode ficar de fora do ambiente de trabalho, já que um ambiente corporativo insalubre pode atuar no desenvolvimento de transtornos mentais entre os colaboradores.

Ambiente corporativo como gatilho de transtornos

Uma empresa que contribui com o aparecimento de transtornos psicológicos geralmente é um ambiente de trabalho muito competitivo, onde existe uma chefia ao invés de liderança, com muita pressão e metas inalcançáveis, sem flexibilidade e espaço para se expressar. Isso tudo contribui diretamente para a depressão.

Além de um ambiente de trabalho amigável, é imprescindível que o funcionário perceba a importância de gostar do trabalho que exerce. Caso contrário, pode se sentir incompleto e isso pode ser um gatilho para o desenvolvimento da doença.

O papel do RH

Apesar do senso comum acreditar que o RH de uma empresa serve, basicamente, para fazer entrevistas, contratar funcionários e lidar com o lado burocrático da empresa, uma das funções do setor é também participar na humanização da relação trabalhador-empresa, com desenvolvimento do profissional, motivação e gerenciamento da qualidade do ambiente organizacional.

O RH pode criar programas voltados para a saúde mental e emocional dos seus colaboradores, seja por meio materiais informativos, cursos, palestras, fóruns e também convênios com profissionais da área de saúde mental, além de criar um canal anônimo e neutro para receber possíveis denúncias de assédio, humilhação ou conduta duvidosa”, sugere a especialista.

Cuidado com a síndrome de burnout

A síndrome de burnout é um distúrbio psíquico caracterizado pelo estado de tensão emocional e estresse provocados por condições físicas, emocionais e psicológicas desgastantes.

Ela ocorre especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso, e se manifesta através de diversos sintomas, que vão de lapsos de atenção a depressão aguda.

Com a pandemia do novo coronavírus, que fez com que grande parte da população mundial passasse a trabalhar em casa, de forma remota, a situação pode ficar ainda mais intensa, resultando em fatores que podem comprometer a saúde mental. Muitas pessoas tem trabalhado fora do seu expediente ‘tradicional’, sem rotina ou intervalos para descanso. É essencial saber separar o tempo profissional do pessoal.

O CEMET pode ajudar a sua empresa

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